Poesia e Algoritmos: quando versos viram código em sala de aula

No dia 03 de outubro de 2025, alunos do 3º ano Técnico em Manutenção e Suporte em Informática, participaram de […]

No dia 03 de outubro de 2025, alunos do 3º ano Técnico em Manutenção e Suporte em Informática, participaram de uma experiência educativa inusitada: uniram linguagem programação e poesia. A atividade faz parte do projeto “Poesia Compilada”, idealizado pela programadora e escritora Soraya Medeiros, foi apresentado na palestra no V SELP – Simpósio de Ensino de LínguaPort uguesa e Literatura,realizado no dia 16 de setembro no IFMT-CBA. Esse evento foi realizado pelo grupo de Pesquisa Grupo de Estudos e Ensino de Línguas e Literatura – GEELLI-IFMT, do qual a Profª Ma. Silbene Paoliello faz parte. Após essa palestra, a professora se sentiu inspirada para vivenciar a criação da Poesia Compilada com a própria turma.

A aula foi idealizada e realizada de forma interdisciplinar, unindo Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Informática. Sob a condução da professora Silbene Paoliello e do professor Thiago Souza, os estudantes vivenciaram como versos podem se transformar em linhas de código, aproximando a literatura do universo digital.

O encontro começou com um poema escrito no quadro. Versos simples, mas cheios de ritmo, foram usados para introduzir o conceito do comando “IF”, fundamental na lógica computacional. “Se chove, levo o guarda-chuva. Se faz sol, visto a camiseta clara.” Entre rimas e metáforas, os alunos compreenderam que, assim como na vida cotidiana, os algoritmos também dependem de escolhas e condições.

A proposta se torna ainda mais rica porque os poemas são traduzidos para a linguagem de programação Python, escolhida como base do projeto pela sua clareza e acessibilidade. Dessa forma, os estudantes veem de maneira prática como a lógica condicional pode ganhar vida tanto nos versos quanto no código.

Durante a aula, os estudantes foram convidados a escrever pequenos poemas que seguiam a lógica condicional. Frases como “Se for sonho, eu acordo; se for real, eu vivo” surgiram em meio a sorrisos, enquanto os jovens percebiam que estavam, na prática, programando em versos e traduzindo a criação para o Python.

O projeto, que une linguagem poética, computacional e a força da literatura, se apresenta como manifesto literário e ferramenta pedagógica. A proposta busca não apenas democratizar o ensino da programação, mas também valorizar a criatividade como parte essencial do processo de aprendizagem.

Para os alunos, a experiência foi reveladora. “É incrível como a língua portuguesa e linguagem de programação estão unidas, amei a experiência”, comentou o estudante Bruno Fhelipe. E, ainda, “ é interessante como a arte contemporânea abrange a linguagem de programação”, comentou o estudante Leonardo Gallego. E, por último “É inimaginável que um dia a programação poderia se tornar um gênero literário de uma forma tão poética, foi desafiador!”, afirmou o estudante Renato Henrique. Os professores responsáveis pela realização dessa aula destacaram o impacto da metodologia, que tornou as disciplinas mais próximas e menos intimidadora e, ainda, falam que o próximo desafio será produzir as poesias em língua inglesa.

Com iniciativas como essa, “Poesia Compilada” aponta para um futuro em que tecnologia e arte caminham juntas, mostrando que aprender a programar pode ser tão inspirador quanto escrever um poema.

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