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Palestra aborda o tema apicultura e sua importância na produtividade agrícola

Publicado por: Campus Campo Novo do Parecis / 7 de Dezembro de 2017 às 10:18

Responsável pela reprodução de mais de 70% de todas as plantas do planeta e por 30% da produção dos alimentos mais consumidos pela humanidade, a polinização é uma das principais funções desempenhadas pelas abelhas, insetos que em alguns países começam a sumir. O assunto que preocupa o mundo, principalmente por ameaçar a segurança alimentar, foi discutido na última semana, em uma palestra com o tema “Apicultura e sua importância na produtividade agrícola”.

A palestra foi apresentada pelo doutorando da Universidade Estadual de Maringá, Cláudio Gomes da Silva Júnior. O pesquisador é um dos coordenadores do projeto “Desempenho, comportamento e padrão de forrageamento de abelhas Africanizadas em cultivo de soja (Glycine max (L.) Merril) e sua relação com o potencial produtivo da cultura”, realizado em parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Soja e Instituto Federal de Mato Grosso – IFMT campus Campo Novo do Parecis, através da colaboração da Professora Doutora em Entomologia, Mariana Closs Salvador, desenvolvido desde o ano de 2016, na Fazenda São Paulo, propriedade de Vitório Herklotz.

A iniciativa de promover a palestra foi da professora Mariana, ao justificar que, o tema, além de bastante atual, é de grande relevância, visto que, tem havido a redução das populações de insetos polinizadores.

A palestra, que contou com a participação de 200 alunos do campus, dos cursos de Bacharelado em Agronomia e Tecnologia em Agroindústria e também de produtores rurais do município, abordou a importância das abelhas para a humanidade, para o meio ambiente e para a produtividade de diversas culturas, despertando a curiosidade e abrindo perspectivas de negócios dos espectadores. “Então você pensa em todas as plantas que dependem dos polinizadores nativos para serem produzidas, no aumento significativo da produtividade delas e entende que esses são apenas mais alguns motivos para proteger as abelhas”, destacou o aluno do 4º semestre do curso de Bacharelado em Agronomia, Jair Ferreira Júnior.

Conforme o pesquisador, uma parte das plantas consumidas pela humanidade não precisam de insetos, porque o vento vem e carrega o pólen – elemento reprodutivo masculino – até a parte feminina da planta e produz o fruto. Porém, uma grande quantidade de plantas precisa de um agente para transportar o pólen até a estrutura reprodutiva feminina. “Em contrapartida, as frutas e frutos, por exemplo, maracujá, abóbora, uva, maçã, melão, melancia, caju, carambola e outros dependem dos polinizadores para sua reprodução. Os insetos polinizadores mais importantes são abelhas, mas contamos ainda com atividades de borboletas, moscas e besouros”, conta o pesquisador.

Além disso, para Cláudio, a apicultura se apresenta como uma grande oportunidade de trabalho, seja em propriedades rurais, seja em oportunidade de empreendimentos próprios e inovadores. “A criação de abelhas é um negócio que proporciona aos consumidores o contato com produto natural de alto valor nutritivo, com sabor natural e proveniente da vida silvestre, contribuindo para a qualidade de vida. A apicultura é parte da zootecnia dedicada ao estudo e à criação de abelhas com o objetivo de produzir mel, cera, própolis, geleia real, apitoxina e contribuir para a polinização. É uma atividade que pode ser praticada em pequena escala como hobby, assim como pode constituir-se em negócio grande e lucrativo”, disse.

Para a professora Mariana, a palestra foi excelente. “Tenho certeza de que os nossos alunos absorveram os conhecimentos repassados pelo pesquisador sobre a questão dos serviços ambientais prestados pelos polinizadores (abelhas) associados à produção de alimentos e aumento da produtividade”, disse.

O estudante do 5º semestre do curso de Bacharelado em Agronomia, Elisandro Jaskulski, compartilha da mesma opinião e destaca a relevância do tema. “Para a produção de alimentos precisamos dos serviços dos polinizadores e se não os preservarmos poderemos sofrer graves consequências”, ressalta.

Carla Londero – Ascom IFMT Campus Campo Novo do Parecis

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