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Novo experimento com resíduos orgânicos no restaurante do IFMT de Campo Novo do Parecis

Publicado por: Campus Campo Novo do Parecis / 6 de Dezembro de 2019 às 09:38

Preocupados com o desperdício de alimentos no IFMT, nesta última segunda (04/11), servidores do Campus Campo Novo do Parecis começaram a desenvolver nova composteira de resíduos orgânicos que visa reaproveitar os alimentos descartados do restaurante da instituição.

Atualmente cerca de 1,3 bilhões de toneladas de alimentos são inutilizados no mundo, isto é, mais da metade do que é produzido é jogado fora. No Brasil, o índice de alimentos que vão para o lixo chega a 26,3 milhões de toneladas, ou seja, 1/3 é desperdiçado enquanto mais de um bilhão de pessoas passam fome no planeta.

Apreensivos com este cenário atual, em que metade da produção de mantimento mundial vai diretamente para o lixo, na abertura do mês de novembro o corpo interno do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) campus Campo Novo do Parecis foi forçado a pensar em uma alternativa para melhor o uso desses alimentos que fosse rentável não apenas para o meio ambiente, mas também para os setores de diversas esferas envolvidos na escola.

Um levantamento recente feito pelo IFMT apontou que em duas semanas se desperdiçaram aproximadamente 350 kg de comida, que iam diretamente para o aterro sanitário da cidade, desconsiderando a possibilidade de serem utilizados como fertilizantes nas pequenas produções agrícolas da escola. Desta forma, os servidores Dayana Schwerz, implicada no processamento de alimentos, Hélcio de Souza Junior, enfermeiro e coordenador dos alojamentos do Campus e o professor Gessimar Nunes Camelo, iniciaram neste ano um projeto de extensão de compostagem orgânica, contando com a parceria da escola Municipal 04 de Julho e com o Instituto Luterano de Educação do Parecis (ILEP) com a finalidade de tornar a escola um ambiente sustentável.

O objetivo é evitar que a matéria orgânica se torne rejeito, reciclando-a com técnicas de baixo custo e baixa tecnologia e aplicando o composto como fertilizante nas hortas escolares.

A composteira de resíduos orgânicos (processo natural de decomposição que transforma os resíduos de alimentos, exceto carnes de qualquer espécie, em adubo de primeira qualidade) feita pelo campus, pode suportar até 200 kg de alimentos, é mantida em um sistema fechado para não atrair roedores, larvas, mosquitos e mal odor. Ao atingir sua capacidade máxima é necessário que fique em putrefação durante 90 dias para que os restos sequem e se transformem em um material orgânico resultante da reciclagem, que será utilizado posteriormente como fertilizantes nas hortas do campus.

O projeto, ainda recente, atualmente conta com R$ 1.500,00 de investimento para a compra de insumos, sendo muito pouco para o mantimento e ampliação do mesmo. Desta forma pode-se observar os diversos desafios que são enfrentados, entre eles estão a falta de funcionários terceirizados que possam fazer a coleta durante o período noturno e a falta de informação que poderia gerar interesse nos alunos.

Além disso, é necessário demonstrar para a gestão que o projeto é viável e trará grandes benefícios, para que, desta forma, obtenham um maior investimento e para que não ocorra o cancelamento do plano.

Em relação aos alunos, é preciso que ampliem seus conhecimentos, visto que eles também são muito importantes para a realização das atividades. Frente a isso é necessário dar continuidade ao projeto e sua implantação nas demais escolas do município, a fim de que mais alunos possam conhecer e aprender os benefícios da compostagem de sobras de alimentos.

Texto produzido pelos alunos:

Felipe Gabriel da Silva;
Karolaine de Jesus Sponchiado;
Laiza da Silva Lima;
Leticia Paula Gusmão;
Luana Segóbia Lima;
Maria Clara Alves Dias Petry.

 

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