A arte é fundamental na construção da identidade e do estudante enquanto cidadão, pois possibilita a reflexão e desperta sentimentos e afetos.
É pensando nisso que o Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT) Campus Campo Novo do Parecis promove ações que envolvem cinema, história e literatura. Durante todo o ano letivo são realizados projetos de ensino e de extensão e atividades que têm essas áreas como pano de fundo.
Segundo a coordenador do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, Alexandre Vinícius Gonçalves Nascimento, esses projetos vem fazendo diferença na comunidade escolar ao longo do ano letivo. “Nosso objetivo é estimular os estudantes a serem multidisciplinares”, afirma.
Dentro desse contexto, nos dias 22 e 24 de agosto, através de uma parceria com a instituição Casa do Bosque, que desenvolve o “Tá no Ponto!”, projeto cultural aprovado junto ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Campo Novo do Parecis, que tem o apoio da Prefeitura Municipal por meio da Secretaria de Assistência Social, foi realizado o projeto “Cinema, história e literatura: diálogos possíveis”.
O objetivo é propiciar sessões de cinema para os alunos dos cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio do IFMT Campus Campo Novo do Parecis, estabelecendo um diálogo entre narrativa fílmica, realidade histórica, subjetividades e linguagem cinematográfica.
Segundo o coordenador, ao exibir o filme “A Mulher Rei” (2022), foi possível levantar questões e refletir sobre o modo pelo qual a literatura, a história e o cinema estabelecem diálogos profícuos, sobretudo no tocante à história das sociedades africanas, as formas de resistência, o tráfico de escravizados e o protagonismo feminino.
O projeto, organizado pelos docentes Aline Pires de Morais, de Língua Portuguesa, e Alexandre Vinícius, de História, contou com a adesão de diversos servidores e a participação de todas as turmas de ensino médio do campus. As turmas foram divididas e cerca de 240 alunos participaram das quatro sessões de filme, exibidas nos dois dias de execução da atividade.
“A ideia foi propor uma reflexão, a partir da narrativa do filme, sobre a organização e as resistências das sociedades africanas, dialogando com a história do Brasil no contexto representado pelo filme. Nesse sentido, os discentes puderam perceber de que forma a trama que assistimos e as nossas discussões inserem o Brasil nesse debate como o maior porto de escravizados do mundo”, encerrou Alexandre.
Carla Londero – Ascom IFMT Campus Campo Novo do Parecis
